O Nó Górdio – pensar fora da caixa

Olá, pessoal!
Hoje contarei a vocês a famosa história do nó górdio, que tem a ver com várias reflexões e situações em que nos encontramos num beco sem saída.

 Alexandre Magno era um rei macedônio que viveu no século IV a.C., conquistador dos territórios hoje conhecidos como Oriente Médio e Oeste da Ásia. Passando sobre o reino persa da Lídia, encontrou uma carruagem amarrada pelo antigo rei num pilar de um templo. Havia uma lenda local: “Quem desatar esse nó será o senhor da Ásia”. Muitos homens haviam tentado, de vários jeitos e combinações, com a confiança de que certamente conseguiriam. Ninguém obteve sucesso; o nó era complicado. Quando Alexandre viu a firmeza do elo, desferiu um golpe com sua espada. Desfez o nó, afirmando: “o destino não é feito pela lenda, e sim pela espada”

Simples, não é?

Para resolver problemas complexos, tente pensar diferente.

Isso me lembra aqueles vídeos de rede social em que se pede para solucionar um problema, encontrar a solução para um enigma divertido e aparentemente inútil. “Como passar as duas mãos pela torneira aberta sem molhar?”. A resposta pode vir mais fora da caixa do que nosso trilho de raciocínio permite.

Imagine que, num gramado, construíram trilhos de trem. Por anos o trem funcionou, com seus trilhos enferrujando e se firmando na terra. Em um determinado dia a rota foi desativada e os trilhos desmontados. Mas a marca de anos de uso constante ficou, prensada no solo como um fóssil na pedra.

É assim que funciona o nosso raciocínio: para desenvolvê-lo, precisamos sair do nosso trilho habitual. Quanto mais pensamos de um jeito, mais o fincamos profundamente. Falamos, aqui sobre plasticidade cerebral, um conceito cada vez mais estudado pela neurociência. Quanto mais abrangemos nosso pensamento, mais trilhos construímos e mais trens passarão ali. Outras realidades se apresentam para nós.

Mais “fora da caixa” nossos pensamentos se tornarão, saindo do habitual e exercitando habilidades como criatividade, flexibilidade cognitiva, sair da zona de conforto e tolerância à diferença.

Quanto mais únicos somos, mais nos sentiremos diferentes. E isso pode ser muito bom. Nossa personalidade e identidade vão sendo construídas e nossa essência se solidificando.

É um exemplo que se encontra no livro “A Coração de Não Agradar”, dos autores Ichiro Kishimi e Fumitake Koga (2013), quando os protagonistas falam sobre expectativas, julgamentos, limites e tarefas de cada um nos relacionamentos interpessoais. Fica a recomendação.

E aí, o que isso despertou em vocês?

Obrigada por estarem aqui.

Até a próxima.

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Caroline Tirado

Caroline Tirado é psicóloga e escritora. Escreve desde os 12 anos. Sempre foi curiosa e questionadora dos por quês da vida e do mundo, principalmente sobre o comportamento humano. Aprecia as coisas simples. Gosta de filmes, séries, livros, HQs, músicas, jogos e o que há de legal por aí.

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