A importância de se fazer aniversário (e celebrá-lo)

Olá, pessoal!

Sim, eu fiz aniversário essa semana.

Eu amo fazer aniversário!

Gostaria de trazer hoje uma reflexão sobre a importância de celebrar este dia. De se celebrar, na realidade.

Poxa, já vivemos tantos dias difíceis, tantos desafios e intempéries; por que não comemorar? É um dia de ficarmos felizes que sobrevivemos a mais um ano neste Planeta Terra, apesar de tudo o que já passamos.

O que significaria comemorar? Às vezes a concepção que podemos ter é aquela cena de festa, com várias pessoas (que nós podemos gostar ou não…) reunidas ao nosso redor, em um restaurante, em casa, na balada, em um buffet, um centro de eventos, entre outros.

O que podemos não estar considerando é a parte que nós comemoramos conosco. Se pesquisarmos no Google “pessoa comendo bolo sozinha” teremos como resultado, na maioria, pessoas com uma expressão triste. O que será que faz a sociedade pensar que é necessário, para comemorar algo, estar entre pessoas? Claro – é uma possibilidade agradável, e somos afinal seres sociais; mas lhe convido a considerar outras formas de celebração que é possível fazer só com você – e algumas, francamente, devem ser sozinhas.

O que faz o aniversário ser um dia diferente?

Foi o dia em que você nasceu. Seja 4 da manhã, 15h da tarde, ou 22:43 da noite, você chegou e mudou a vida de muitas pessoas. E, a partir daí, a sua vida foi mudando! Ok, muitos de nós não lembram de nada dessa época. Mas é uma data que marca o nosso desenvolvimento – fotos de nós assoprando velinhas, ao lado de pessoas que podem não estar mais aqui. Em algumas nem abrir o olho direito conseguimos, em outras já temos cabelo (rs), na outra já estamos de pé andando e puf de repente estamos de cara fechada olhando para a câmera de forma constrangedora pois é o aniversário de 17 anos.

São memórias. Marcantes, pois nos recordam de quem já fomos, do que já passamos, do que já enfrentamos e continuamos a enfrentar. Estamos vivos. Vivemos. Somos alguém, que convive com outros “alguéns”.

Os aniversários podem ser uma simbologia para fechamento e início de ciclos da nossa vida. Comos se fosse o nosso “ano-novo” personalizado. Gosto de pensar que nunca terei essa idade de novo, então, como posso vivê-la da minha maneira? O que é ter a idade que tenho? O que este ano me ensinou, o que aprendi, o que enfrentei?

É uma oportunidade de analisar onde se está na vida, onde se pretende ir. Não tem como fazer aniversário de frente pra trás! (A não ser que você seja o Benjamin Button – do filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”, de 2008)

É se conscientizar de que a vida acontece no presente e o presente é agora. Brincando com essa justaposição entre passado-presente-futuro, quando faço aniversário, outro pensamento que me vêm à cabeça é: como será que estarei ano que vem? Como será que minha vida estará? O que será que viverei? Isso não me provoca sensação de ansiedade ou medo; e sim curiosidade pelo que há de vir. Pois é fato: a vida vai acontecer. Não existe botão de pause, nem de retorno, ou de aceleração. Isso me lembra aquele filme “Click” (2006) com o Adam Sandler, em que uma espécie de “anjo da morte” (feito pelo ator Christopher Walken) concede ao personagem principal um controle – igual ao de uma TV – para administrar sua vida. Que incrível! Que facilidade, pausarmos algo quando estivermos cansados, dormir e voltar à viver. Retornar ao passado para não cometer aquele erro, e depois no futuro encontrar tudo diferente. Será mesmo incrível? Para quem assistiu, vamos tirar a poeira da nossa memória…a que conclusão o personagem chega?

É aí que as diversas teorias do metaverso se convergem – mas esse é outro post. Alguns filmes que flertam com essa temática são: Questão de Tempo (2013), De Volta para o Futuro (1985), Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (2022), Doutor Estranho (2016).

Para mim, fazer aniversário pode ser aquela pesquisa no Google. Um bolo, uma vela, um chapéu festivo. Não precisa de muito; mas precisa de significado e carinho. É um dia em que podemos nos sentir amados, que as pessoas podem se lembrar de nós e nos reconhecer, mas principalmente que nós nos reconhecemos e celebramos a nossa jornada até o momento. Nos permitir ser feliz, fazermos o que gostamos! Se não é uma prática comum, pelo menos neste único dia, sem culpa. Você merece, eu mereço, nós merecemos (vós mereceis. rs).

Proponho uma reflexão: se você não gosta do seu aniversário, já se perguntou o por quê? Por que não comemorar sua vida? Seja sozinho(a) ou entre quem você ama, o que te impede de se celebrar?

Obrigada por estarem aqui! 🙂

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Caroline Tirado

Caroline Tirado é psicóloga e escritora. Escreve desde os 12 anos. Sempre foi curiosa e questionadora dos por quês da vida e do mundo, principalmente sobre o comportamento humano. Aprecia as coisas simples. Gosta de filmes, séries, livros, HQs, músicas, jogos e o que há de legal por aí.

Este post tem 2 comentários

  1. Lucas Tirado

    Aniversário eh sempre especial e TEM q comemorar mesmo , belo texto 👏🏻

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